terça-feira, 17 de julho de 2012

Até "logo"!


Ultimamente sinto-me meio sentimental demais, não sei se são os hormônios, a idade, ou certas situações as quais fazem-me pensar que a vida poderia ser mais justa. Porém, falando de justiça, sabemos que de justa a vida não têm nada, exceto pela calça jeans ou aquele blusinha que tanto gostávamos e dá ultima vez que as experimentamos, não coube-nos mais. Tudo bem!                                                                                             
Ontem o dia estava chuvoso, frio, tipicamente sulista, e sem muito o que fazer, resolvi mexer em uma das caixas de sapato que ficam na última prateleira do meu guarda-roupas, nesta encontrei: Cartinhas, bilhetes, fotografias e inclusive alguns objetos sem nenhum valor no mercado, porém, valor inquestionável simbolicamente. Algumas horas depois entrei no facebook e compartilhei a foto de um homem muito conhecido no centro de minha cidade, apesar do jeito simples e das risadas exageradas, este sempre representou alegria e trouxe-nos um pouco mais de plenitude nas gélidas manhãs Santa-marienses, e alguns minutos após este meu ato, uma ex-colega (amiga, talvez...) curtiu e comentou algo semelhante: “Querido, lembro-me do dia em que ele cantou uma serenata para nós, após almoçarmos sal a la batata, um dia incrível!”, bem, o Bozó – como é conhecido – há uns 3 anos trás cantou gentilmente uma música para mim e minha amiga, em uma tarde ensolarada de sábado, e alguns minutos antes, havíamos almoçado batatas fritas, mas como já devem ter percebido, comemos mais sal do que batatas, portanto: Sal a la batata, o melhor almoço de todos os tempos.                                                                                                                                                       
Em apenas um dia recordei de vários momentos da minha vida, reli cartas que há anos sequer lembrava, emocionei-me ao visualizar fotos de momentos tão marcantes e ainda “bati um papo” com uma amiga, de longa data, mesmo que este tenha ficado restrito a serenata e ao almoço daquele sábado, tão singelo momentaneamente e melancólico atualmente.                                                                                                                       
Outro dia li em algum lugar que os melhores momentos da vida, que os momentos felizes, nada tiveram de relação com o dinheiro, e não sinto em dizer que é verídico. Os melhores momentos da vida são aqueles supostamente comuns, singelos, sem tanta relevância, os que somente percebemos com o passar do tempo, dos dias, dos anos, em um momento qualquer, quando um amigo querido diz-nos por meio de uma rede social – já que telefonemas e visitas são escassas, praticamente inviáveis... -, que sente saudades daquele dia especial, e que vocês verão-se em breve – o que você sabe que provavelmente não ocorrerá – e finaliza com uma carinha feliz - ;) – e um: até logo!