sábado, 26 de maio de 2012

"Piegaste?" ;)

Algumas coisas - a maioria delas - são meio piegas. As pessoas são piegas, por mais que façam-se de duronas, não sentimentais e o pior: anti-sentimentos. Na minha época de escola - aposto que na sua também, desde que o mundo é mundo - sempre existia - existiu, e existirá - o garoto machão, que arranca suspiros por onde passa e é só elogios perante as menininhas que estão começando a pintar as unhas e os cabelos. Ele não tem sentimentos, não é de ninguém, e esta aberto a relacionamentos "não relacionados". Este é um exemplo anti-pieguice... Mas os anos passam, a barriguinha chega, juntamente com o desejo de ter pessoas queridas ao lado, e o sentimento de anti-sentimento, é substituído por um piegas total, repleto de sentimentalismo.                                                                                                                                        
Após uns 10 anos do fim da escola, percebemos que aquele era o momento de bater a cara, de conquistar amizades eternas e de persistir no sonho de idealizar o amanhã, que quase sempre não é tão doce quanto o esperado. Com o passar dos anos, da vida, não é a pieguice que toma-nos conta, e sim nós que nos apossuamos dos sentimentos que sempre fizeram-se presentes, mesmo que não os abraçássemos da maneira que deveria ser feita. Bem.. Comecei este post falando sobre as coisas, quase sempre tão sentimentais, e o termino com um sentimento de saudade, benevolência, adrenalina - caso fosse o caso -...                                                                                                                                                  
Eu sou piegas, assumida, (não relacionada a ridicularidade, mas aos sentimentos... Não confunda-se!) você também, e aquele machão que transbordava cheiro de desodorante aerossol aos seus 15 anos, hoje piegas os tempos passados, as idealizações, as burradas - tão relembradas -, e as lembranças quais estão sempre emaranhadas aos sentimentos, a pieguice - mesmo que ainda escondida no armário azul marinho do quarto - de cada um.

domingo, 6 de maio de 2012

Ele olhava-me de maneira estranha...


Ele olhava-me de maneira estranha, como se já conhecesse este lugar, como se as minhas palavras fizessem todo o sentido, e nada disto fosse novidade. Eu não sabia como expressar-me, outra maneira de dizer o que deveria ser dito, eu não poderia mais adiar. Era estranho olha-lo daquela forma, como se naquele exato momento ele fosse à pessoa mais essencial do mundo para mim, alguém que jamais chegou nem perto de ser meramente importante, mas naquele momento ele o era. Sorri meio sem jeito, puxando o lábio inferior a baixo, de lado... 
Não sabia mais como mexer as mãos, se deveria e ainda possuiria permissão para tocar as dele, tudo era completamente estranho e sombrio naquele momento. É difícil dizer a alguém que as coisas não vão bem, que o término é o mais racional, que o futuro pode reservar coisas boas para ambas às partes, por mais que o outro já saiba de tudo isso, de trás para frente. É difícil consolar outra pessoa ao mesmo tempo em que a magoa, tocar delicadamente seu rosto, afastando uma mecha loura escura qual insiste em cair e posicionar-se entre seus olhos. 
É tão doloroso pra mim, quanto para ele, dizer que os sonhos nem sempre dão certo, nem sempre finalizam-se da maneira que o princípio fez-nos pensar. É absolutamente sombrio olha-lo nos olhos, tocar seus ombros, sorrir de maneira torta e sem jeito, enquanto ele ainda fita-me de maneira estranha, demonstrando saber todos os meus próximos passos e frases descompassadas, trêmulas... E mesmo assim prosseguir piscando lentamente, fixando nele meu olhar mais doce, e convicto, falando roucamente que deu certo sim, mas que passou, e depositando em seus lábios praticamente intocáveis para mim naquela situação, um último beijo, um emaranhado de despedida, desespero e saudade.

Quanta saudade!



Hoje deu-me uma saudade dos domingos de antigamente, não que os de agora sejam ruins, mas há uma singela semelhança - apenas - com os de alguns anos atrás. Antigamente não eram somente diferentes os cortes de cabelo, as roupas e as fotos em tom menos brilhante, mas o modo como vivenciávamos os momentos juntos.                                                                                                                                                                               
Adoro chegar à casa dos meus pais e sentir o cheirinho de café passado a pouco, a comida caseira sendo preparada, a roupa na varanda, o olhar compenetrado do meu "velho" assistindo o jornal da manhã. 
Não sei... Penso que as coisas do agora são boas, mas o antigamente parecia-me tão mais intenso, mais vivido, mais verdadeiro, ou sou eu que cresci um pouco além da conta e fiquei mais sentimental.                                                                                                                       
Tenho saudade dos almoços em família, das risadas, dos abraços, das besteiras e piadas sobre usar as mesmas roupas e o falar repetitivo da minha mãe sobre algumas coisas, sem perceber, tão suaves... O modo como meu pai achava graça de tudo e fazia-nos rir com as coisas mais simples, a alegria que sentíamos ao saborear - ou "brigar" - pela sobremesa após o almoço, e os sorrisos radiantes que eles depositavam com os lábios e os olhos ao ouvir sobre os meus planos para o futuro.                                             As expectativas que eles sempre depositaram em mim, de tal modo que ninguém jamais o fez.                                                     
 Os domingos, os dias de hoje, continuam sendo especiais quando estou junto de pessoas tão importantes, mas ainda sinto diferença ao sentar na cadeira de madeira perto ao fogão e ver que não existem apenas alguns traços da idade nos rostos serenos dos meus pais, apesar da expressão de tranquilidade e olhar tão carinhoso permanecerem os mesmos... Tranquilidade esta, que só sinto quando estou em casa, e recordo com esse meu jeito meio melancólico e sentimental, os domingos tão LINDOS de antigamente.


É, acho que é saudade!!!!

sábado, 5 de maio de 2012

"Casamento não é prisão. Mas já significa amizade com o carcereiro".

"

Boa noite caros amigos. Após um longo período sem postar, não tenho palavras para desculpar-me. Porém, algumas ideias realmente descontraídas escritas pelo fantástico Diomar Konrad – Publicitário, Historiador e Cronista do Diário de Santa Maria – irão diverti-los e os farão esquecer – caso tenham lembrado – da minha ausência. Brincadeiras aparte, logo abaixo transcrevo algumas frases do livro Obras Encolhidas 2, quais são encolhidas pelo tamanho, e não pela capacidade, segundo o autor – e comprovado por sua fiel fã, esta que vos escreve. -. Espero que gostem tanto quanto eu. – e comentem! -. Abraços!

“Casamento não é prisão, mas já significa amizade com o carcereiro”.                                                                                                                                                   

“Separado ou divorciado é como ex-presidiário, está sempre tentando se reintegrar na sociedade”.                                                                                                                                    

“Sou do tempo em que depressão era coisa de geografia”.                                                                                                    

“O banco só descrimina você por falta de dinheiro. As outras formas de discriminações não dão lucro”.                                                                                                                                                                                                                                                          

"No tempo de Getúlio, o prédio do governo deveria se chamar “Palácio do Cacete”, pois era dali que saíam as ordens para bater no povo”.                                                                                                                                              

“Quando você impede seu par de frequentar determinado evento, achando que é um risco para a relação, esta fazendo uso da prisão preventiva”.                                                                                                   

“Em toda reunião na hora dos encaminhamentos, muita gente já se encaminhou para casa”.                                                                                                                                                        

“Se eu fosse advogado não ficaria preso em relações. Estaria sempre entrando com habeas corpus”.                                                                                                                                      

“Tenho para mim que o homem de Neanderthal não foi extinto. Preferiu se misturar conosco e aparece naquelas situações em que a violência supera a razão”.                                                                                                                        

“A polícia é adepta do circulacionismo. Chega de repente e manda todo mundo circular”.                                                                                                                                   

“Nunca conte o que você viu. Depois eles se perdoam, voltam e ficam pensando que você era contra a relação”.                                                                                                                                                                                        

“Quando você muda de cidade, na nova localidade você é o que você conta”.                                                                     

“Ente os sem-terra acredito que todos os intelectuais sejam orgânicos”.                                                                    

“Sequestro intelectual também deveria ser considerado um crime hediondo. Acontece quando você fica refém de um texto que esta lendo”.                                                                                                                          

“Separado ou divorciado é coisa do passado. O termo mais usado atualmente é desbloqueado”.                                                                                                                                                                                

“Para saber se você tem direito a portabilidade no amor, consulte sua operadora”.                                                          

“Nas relações, evite os pré-datados. Geralmente eles não têm fundo”.                                                                                 

“O que está muito baixa mesmo, quase em extinção, é a humildade relativa do ar”.                                                   

“As relações amorosas podem ser pré-pagas, pós-pagas ou estar no plano controle, independente da operadora ou do operador. Bem ou mal, foram os que te deram crédito”.                                                                                                                                        

“Os baianos são os principais representantes dos movimentos em rede”.                                                                        

“Dizer que a pessoa é honesta e pobre, nesta ordem, constitui um típico caso de redundância”.                                                                                                                                       

“Se errar é humano, cada vez que erro me humanizo”.                                                                                                                

“Final de relação pode ser considerado como a produção de lixo orgânico. Para os românticos e sonhadores, demora a se decompor. Para os práticos, vira adubo rapidinho”.

E com a minha frase máxima predileta – e a aqueles que “curtirão” o sábado na companhia de um livro. - desejo-lhes um finalzinho de sábado incrível:                                                                                                                             “Para ignorância mórbida, recomendo cirurgia livriátrica”“.